O cultivo de inhame em vaso vem ganhando espaço entre brasileiros que buscam uma alternativa prática para ter hortaliças em casa. Mesmo em ambientes reduzidos, como sacadas de apartamentos ou quintais pequenos, é possível manter esse tubérculo versátil sempre por perto. Graças à sua adaptação a diferentes solos e recipientes, até iniciantes em jardinagem conseguem bons resultados.
Além da praticidade, o inhame é rico em nutrientes e tem presença marcante na culinária nacional, especialmente no Norte, Nordeste e Sudeste. Fonte de fibras, carboidratos complexos e minerais essenciais, pode estar na mesa em preparos típicos como caldos, cozidos e acompanhamentos, reforçando a importância de plantar e colher em casa, sem agrotóxicos e com colheitas ao longo do ano.
Benefícios do inhame
A inclusão do inhame na dieta traz vantagens para a saúde e fortalece tradições alimentares regionais:
- Auxílio na digestão: as fibras favorecem o trânsito intestinal.
- Energia prolongada: os carboidratos complexos liberam glicose gradualmente.
- Controle do apetite: promove saciedade, ideal em dietas equilibradas.
- Vitaminas e minerais: rico em vitamina C e complexo B, reforça a imunidade, especialmente útil no inverno.
Por essas características, o inhame é consumido tanto em rotinas urbanas quanto no campo, servindo como energia para esportes, caminhadas e trabalhos rurais.
Como plantar inhame no vaso
O processo é simples e acessível:
- Seleção do tubérculo: escolha inhames íntegros e firmes, encontrados em feiras ou mercados.
- Brotamento: coloque um pedaço de 3 a 5 cm em um recipiente com 1 cm de água. Troque a água a cada dois dias até surgirem brotos e raízes.
- Preparo do vaso: escolha um recipiente de pelo menos 50 cm de profundidade. Misture três partes de terra orgânica com duas de húmus de minhoca para criar um solo fértil e leve.
- Plantio: posicione o tubérculo com os brotos voltados para cima, cubra com terra e mantenha o solo úmido, sem encharcar.
Esse método é semelhante ao cultivo de batata-doce, comum em hortas urbanas brasileiras, e garante que mesmo em espaços pequenos seja possível colher o tubérculo.
Cuidados essenciais no cultivo
Alguns cuidados aumentam as chances de sucesso:
Profundidade do vaso: quanto mais fundo, melhor para o crescimento do tubérculo.
Clima: o inhame se desenvolve melhor em temperaturas entre 20°C e 29°C. No Norte e Nordeste pode ser cultivado o ano todo; no Sul, evite o inverno rigoroso.
Iluminação: escolha locais bem iluminados, preferindo sol indireto ou algumas horas de sol direto ao dia.
Umidade: regue regularmente, adaptando a frequência às condições do clima. Em períodos secos, como no Cerrado, a rega pode ser mais intensa.
Cobertura morta: use folhas secas de árvores locais para proteger o solo e conservar a umidade.
Colheita do inhame em vaso
O ciclo do inhame leva, em média, 240 dias. O sinal mais claro de que está pronto é o amarelecimento das folhas. Quando isso ocorrer, basta escavar cuidadosamente o vaso, retirar o tubérculo e, se desejar, replantar brotos para dar continuidade ao cultivo.
Esse processo garante um fornecimento contínuo, principalmente em regiões de clima quente, onde a produção pode ocorrer durante todo o ano.
Mais saúde e conexão com a natureza
Ter inhame em casa significa acesso a um ingrediente nutritivo, barato e versátil, sem precisar de grandes espaços. Com paciência e cuidado, é possível transformar até uma varanda em fonte constante desse tubérculo tão ligado à cultura alimentar brasileira.
Além de enriquecer a dieta, o acompanhamento do crescimento da planta cria uma relação mais próxima com a natureza e resgata práticas agrícolas tradicionais. É essa reconexão com o verde e com as raízes culturais que inspira o projeto Raiz de Mim, mostrando como pequenos cultivos urbanos podem transformar a rotina e fortalecer a ligação entre alimento, saúde e identidade.
